De acordo com Boris Feldman, o consumo de combustível em veículos com câmbio automático pode variar significativamente, dependendo da tecnologia empregada e, principalmente, do número de marchas disponíveis.
Os câmbios automáticos mais antigos, que utilizam o conversor de torque tradicional e possuem apenas três, quatro ou cinco marchas, tendem a aumentar o consumo de combustível. Isso ocorre porque o conversor de torque, que substitui a embreagem, absorve parte da energia gerada pelo motor.
No entanto, os câmbios automáticos modernos, equipados com oito, nove ou até dez marchas, podem apresentar um consumo igual ou até menor em comparação com os manuais. A explicação está na eficiência do motor: com mais marchas disponíveis, o veículo consegue manter o motor sempre na faixa de rotação ideal, resultando em melhor desempenho e menor consumo.
O número de marchas é um fator crucial na determinação do consumo de combustível em carros automáticos. Quanto mais marchas o câmbio possuir, maior será a probabilidade de o motor trabalhar em sua faixa de maior torque, o que se traduz em melhor eficiência e, consequentemente, menor consumo.
Assim, embora o conversor de torque possa aumentar ligeiramente o consumo, a presença de múltiplas marchas compensa essa desvantagem, podendo até mesmo resultar em uma redução no gasto de combustível.
Portanto, não é correto afirmar categoricamente que carros com câmbio automático consomem mais combustível. A realidade é que o consumo dependerá principalmente da tecnologia empregada e do número de marchas disponíveis no veículo.