Mas a perspectiva do novo governo Trump, que pode reverter muitas dessas medidas, tem ofuscado a importância da participação de Biden no evento - mesmo sem a presença do republicano por lá.

Durante visita à Amazônia, Biden anunciou 50 milhões de dólares em recursos para o Fundo Amazônia, afirmando que é impossível voltar atrás do que chamou de “revolução da energia limpa nos Estados Unidos”.

Mas com Donald Trump, o governo americano deve mudar completamente sua política ambiental: o republicano já prometeu remover o limite para a exportação de gás natural, por exemplo, e escolheu o CEO de uma empresa de fracking (método para extração de combustível extremamente criticado por ambientalistas), Chris Wright, como próximo chefe do departamento de energia.

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Nos últimos meses de mandato, o governo Biden também tenta impulsionar a ajuda à Ucrânia, já que a contribuição para os ucranianos está ameaçada no governo de Donald Trump.

Ainda no campo da política externa, Biden deve fazer uma viagem para Angola considerada histórica em dezembro: será a primeira ao continente africano desde que ele assumiu a Presidência.

Uma visita ao país agendada para outubro foi cancelada por causa da agem do furacão Milton. Críticos culpam a ausência de Biden na África pelo aumento da influência de poderes como China e Rússia no continente, apesar do governo americano afirmar que prioriza, sim, as necessidades da população africana.

A viagem do presidente americano para Angola apenas um mês antes de deixar a Casa Branca, assim como outras medidas tomadas por ele recentemente, está sendo vista nos Estados Unidos como uma tentativa de Biden de preservar seu legado e cumprir promessas antigas - muito mais do que um gesto político com efeitos práticos.

Afinal, nesse momento, líderes mundiais se preparam para a mudança de postura praticamente total que deve acontecer com o novo governo Trump.

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