Na avaliação de políticos de oposição, a deputada busca refazer o roteiro de Eduardo, que está nos Estados Unidos licenciado do mandato, mas pode acabar complicando a situação do parlamentar e do ex-presidente.

Após a saída de Zambelli do país, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, apresentou à Procuradoria-Geral da República (PGR), um pedido para que Jair Bolsonaro e a utilizar tornozeleira eletrônica. Ele cita as viagens de Zambelli e Eduardo como razões que justificam o risco de fuga do ex-presidente.

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No governo, adversários políticos de Bolsonaro também avaliam como erro a saída da deputada do Brasil e acreditam no potencial de desgaste do caso para o ex-presidente e o filho presidenciável.

À CNN, a deputada disse que tem a intenção de voltar ao Brasil, caso haja o trancamento do processo dela na Câmara dos Deputados.

Na Câmara, o apoio da deputada na bancada é limitado, com pouca articulação para convencer os líderes do Centrão a apoiarem a parlamentar.

Ainda que este seja o caminho, até mesmo deputados de oposição não veem um desfecho positivo à parlamentar. Contra ela pesam o histórico de enfrentamento direto ao Supremo e a políticos do Centrão, a exemplo do ex-ministro de Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP-PI), aliado do presidente da Câmara.

Essas mesmas lideranças também consideram a saída de Zambelli do Brasil como precipitada e avaliam que apoiá-la seria um desgaste desnecessário contra o STF.

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