Leia mais:
Defensoria da União entra com ação contra Magalu por trainee para negros
No texto, enviado à CNN, o grupo afirma que é contrário à postura do defensor público federal Jovino Bento Júnior, autor do processo. E informa que vai atuar ao lado dos movimentos sociais protetivos dos direitos da população negra, pelo indeferimento da petição inicial ou a improcedência dos pedidos nela formulados, sem prejuízo de outras providências internas cabíveis".
Para o autor da ação, houve racismo da empresa ao restringir a seleção a negros. A nota de repúdio ressalta que a empresa é formada, em sua maioria, por funcionários brancos e que a seleção para negros se enquadra em política afirmativa, e não racismo, com objetivo de reduzir as
desigualdades sociais e combater o racismo estrutural e institucional que por décadas insiste em permear a sociedade brasileira.
Os defensores destacam que é atribuição do órgão protestar pelos direitos de grupos sociais vulneráveis, como a população negra, "na medida em que o próprio Estado, visando reduzir as desigualdades sociais e combater o racismo, criou sistemas de vagas em empregos e universidades".
Associação Nacional dos Defensores Públicos também se manifestou, em nota. Para a ANADEF, a promoção de ações afirmativas para a efetividade dos direitos da população negra, quilombolas, crianças e adolescentes, idosos, vítimas de tráfico de pessoas, de trabalho escravo, LGBTI+, entre outros grupos vulneráveis, é uma das mais relevantes conquistas normativas da Defensoria Pública e merece ser resguardada como instrumento de prevalência dos direitos, das liberdades individuais e do próprio sistema democrático.
Acompanhe Economia nas Redes Sociais