"As medidas são péssimas. Aumentam o custo do crédito, aumentam a taxa de juros", ponderou Lisboa em entrevista ao CNN Arena.

O economista ressaltou que é o governo federal - e não ao Legislativo ou ao Judiciário - quem deve tomar a frente do debate fiscal para colocar ordem nas contas públicas. Do contrário, disse que o ajuste não será possível e que projeta para o futuro do Brasil "uma crise econômica grave como a que ocorreu em 2015".

"Se o governo parasse de aumentar os gastos seria ótimo. É só o governo parar de gastar", pontuou.

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No último dia 22, o governo anunciou, em paralelo a um congelamento de R$ 31,3 bilhões do orçamento, a alta do IOF para uma série de operações ligadas a previdência privada, câmbio e crédito corporativo.

Às 23h31 do mesmo dia, o Ministério da Fazenda utilizou sua conta na rede social X para anunciar que voltaria atrás com parte do decreto, derrubando o aumento de taxação quanto ao envio de remessas para o exterior.

"Em termos de lambança, o Brasil está se equiparando aos Estados Unidos, em que se anuncia uma coisa e volta atrás. A incompetência da equipe econômica do atual governo é assemelhada a dos Estados Unidos, vão e voltam", enfatizou Lisboa, que destaca que a incerteza gerada pelo cenário é um "desastre".

"É um estrago para os investimentos, para quem quer apostar no pais. Essa desorganização do sistema tributário tem sido muito prejudicial para o Brasil ter uma agenda de investimentos", concluiu.

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