Em um comunicado, o Hamas afirmou que sua "proposta" aos mediadores – Catar e Egito – "visa alcançar um cessar-fogo permanente, uma retirada abrangente da Faixa de Gaza e garantir o fluxo de ajuda ao nosso povo e às nossas famílias na Faixa de Gaza".
"Como parte deste acordo, 10 prisioneiros israelenses vivos mantidos pela resistência serão libertados, além da devolução de 18 corpos, em troca de um número acordado de prisioneiros palestinos", afirma o comunicado.
A proposta, apoiada pelos EUA e aprovada por Israel, vista pela CNN na sexta-feira, inclui a libertação pelo Hamas de 10 reféns israelenses e 18 reféns mortos em troca de 125 prisioneiros palestinos que cumprem penas perpétuas e 1.111 moradores de Gaza detidos desde o início da guerra.
As negociações para um cessar-fogo permanente começariam imediatamente no primeiro dia da trégua de 60 dias, de acordo com a proposta. Os termos do acordo também permitiriam que a ajuda humanitária entrasse em Gaza "imediatamente" e fosse distribuída "através dos canais acordados", incluindo as Nações Unidas e o Crescente Vermelho, de acordo com a proposta.
Mas o rascunho do acordo não continha nenhuma garantia intrínseca de um fim permanente para a guerra, uma demanda fundamental do Hamas, nem garantias de que o cessar-fogo seria estendido enquanto as negociações continuassem.
Em vez disso, o plano afirma que o presidente dos EUA, Donald Trump, está "comprometido em trabalhar para garantir que as negociações de boa fé continuem até que um acordo final seja alcançado".
Inicialmente, o Hamas sinalizou uma relutância em aceitar os termos do acordo. Bassem Naim, membro do gabinete político do Hamas, disse no Facebook na quinta-feira (29) que o acordo "não atendia a nenhuma das demandas do nosso povo", mas que as discussões estavam em andamento, mesmo assim.
A CNN apurou que Israel aceitou a nova proposta de cessar-fogo com o Hamas, apresentada pelo enviado americano Steve Witkoff.