Quando questionado por um repórter sobre como seu governo está lidando com "um Vladimir Putin muito teimoso", Trump foi rápido em interromper e incluir Zelensky nessa classificação.
"E Zelensky também", disse ele. A fala é feita enquanto os EUA tentam negociar o fim da guerra no leste europeu, mas sem sucesso.
O presidente americano afirmou ainda ter ficado surpreso e decepcionado com os bombardeios russos na Ucrânia enquanto tentava negociar o cessar-fogo.
"Íamos resolver um problema e, de repente, foguetes foram disparados contra algumas cidades e pessoas morreram", pontuou.
“Vi coisas que me surpreenderam e não gosto de ser surpreendido, então estou muito decepcionado”, adicionou, evitando uma resposta direta quando questionado se agora vê Putin “como o mocinho ou o bandido”.
Em resposta à violência contínua, Trump está considerando aplicar mais sanções contra a Rússia, de acordo com fontes ouvidas pela CNN, enquanto expressa sua frustração com o processo de paz estagnado.
Na quarta-feira (28), Trump questionou as intenções de Putin, ponderando que o líder russo pode estar atrasando intencionalmente as negociações de cessar-fogo.
Ele destacou que descobrirá se está realmente interessado nas negociações e que, se não estiver, responderá "de forma um pouco diferente".
Trump também explicou o porquê de não impor novas sanções contra a Rússia. Segundo o líder americano, ele não quer interferir na possibilidade de um acordo de paz.
Segundo fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters, as condições de Putin para o fim da guerra na Ucrânia incluem a exigência de que os líderes ocidentais se comprometam por escrito a interromper a expansão da aliança militar da Otan para o leste da Europa.
A Rússia também quer a neutralidade da Ucrânia, o levantamento de algumas sanções ocidentais, uma solução para o congelamento de ativos soberanos russos no Ocidente e a proteção para pessoas que falam russo na Ucrânia, disseram as três fontes.
A primeira fonte ouvida pela Reuters observou que, se Putin perceber que não consegue chegar a um acordo de paz em seus próprios termos, ele buscará mostrar aos ucranianos e europeus, por meio de vitórias militares, que "a paz amanhã será ainda mais dolorosa" -- ou seja, a demora em conseguir um acordo fará com que as consequências do conflito sejam ainda piores.