A dupla é instrutora de mergulhos na cidade litorânea e compartilhou o momento nas redes sociais. Daniel comentou sobre a importância do tubarão-baleia para o funcionamento do ecossistema. "Esses animais mantêm a cadeia alimentar de todo o oceano estável e saudável apenas com sua existência. Seus hábitos naturalmente fazem parte de um ciclo complexo que deixam tudo funcionando e consequentemente vivo".
Segundo o biólogo, o animal é "magnífico, impressionante e inofensivo". Além disso, ele disse que "mergulhar com esse bicho é a definição de felicidade e iração. Estar cara a cara com esse bicho traz uma sensação que nada criado pelo homem consegue trazer. Enquanto não colocarmos nosso foco na natureza e na nossa sobrevivência, estaremos fadados à tristeza e a um futuro terrível".
Em entrevista exclusiva à CNN, Larissa comentou que o tubarão-baleia é o tubarão perfeito para desmistificar um grupo que, para ela, é injustiçado pela maioria da população.
"Poucas pessoas sabem que a maioria dos tubarões não são predadores topo de cadeia, como os tubarões-brancos. É um privilégio espetacular poder contemplar a presença desse animal fantástico em águas brasileiras", finalizou a bióloga.
Segundo o Bureau of Ocean Energy Management (BOEM), uma agência do governo dos Estados Unidos, os tubarões-baleia são os maiores tubarões e os maiores peixes vivos atualmente.
O maior animal da espécie já registrado media 18,8 metros de comprimento. Eles possuem uma cabeça larga e achatada, com uma boca grande localizada na parte frontal, em vez de na parte inferior, como a maioria dos tubarões.
O animal utiliza a boca para sugar excesso de água e a filtra por meio de filtros especiais para capturar suas presas de plâncton. Os tubarões-baleia são identificados por sua pele cinza-escura e manchas e listras cinza-claras ou brancas. A combinação de manchas e listras é única para cada tubarão.
A espécie é altamente migratória, ao habitar todas as águas tropicais e temperadas quentes do mundo, exceto o Mediterrâneo. Ela vive ao longo do litoral e em águas abertas. Os tubarões-baleia migram com base na disponibilidade de alimento e acompanham florações de plâncton, eventos de desova de peixes ou mudanças sazonais na temperatura da água.
Ao consumir grandes quantidades de plâncton, pequenos peixes e outros microrganismos, o mamífero limita as populações dessas espécies, o que ajuda a prevenir condições que levam à escassez de oxigênio na água.
Os dejetos dos tubarões-baleia fornecem nutrientes essenciais, como nitrogênio e fósforo, que por sua vez promovem o crescimento do fitoplâncton, que forma a base da teia alimentar marinha.
Mesmo que o plâncton seja a principal fonte de alimento, eles também se alimentam de pequenos peixes, lulas e crustáceos, e são conhecidos por sugar peixes de pescadores em algumas partes do mundo.
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), o tubarão-baleia está classificado como “em perigo” em relação ao nível de extinção da espécie.