A determinação foi dada nesta quarta-feira (4), na decisão que também decretou a prisão preventiva da parlamentar.
A medida inclui o bloqueio de contas usadas para o recebimento de salários e verbas parlamentares, além de transferências via Pix e uso de cartões de crédito e débito.
A decisão de Moraes vai além das contas bancárias: também foram bloqueados bens físicos em nome da deputada, como imóveis, veículos, embarcações e aeronaves, bem como ativos financeiros — incluindo ações, criptomoedas, títulos públicos e privados, derivativos e demais aplicações.
Além disso, o ministro determinou que a Câmara dos Deputados suspenda imediatamente qualquer ree de verba destinada ao gabinete de Zambelli.
Na terça (3), a parlamentar anunciou que havia deixado o Brasil. Horas depois, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu sua prisão preventiva.
À CNN, Zambelli disse que está nos Estados Unidos e que pretende ir para a Itália. Segundo a própria, ela seria “intocável” em território italiano, pois tem dupla cidadania – e, por isso, não teme a prisão.
Como adiantou a CNN, auxiliares do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e do ministro Alexandre de Moraes consideraram que as declarações públicas feitas pela própria deputada ao longo de terça-feira comprovam que ela viajou para o exterior como forma de se blindar da jurisdição brasileira.
Em maio, Carla Zambelli foi condenada pelo Supremo por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na ocasião, a Primeira Turma do STF determinou que a deputada pagasse uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos.