"A delação premiada é o meio de obtenção de prova. Nem a denúncia , muito menos uma eventual decisão de mérito final pode se basear na colaboração premiada", disse Moraes.

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O depoimento de Cid, homologado em 2023 pelo STF, foi questionado pela defesa de alguns dos acusados, como de Bolsonaro, que também pediu e pediu o à “completude da mídia das provas” que basearam a denúncia da PGR e a investigação da Polícia Federal (PF).

“É verdade que todos os elementos estão nos autos, a conversa de Cid está nos autos, o que não está é a completude da mídia”, disse um dos advogados do ex-presidente presente na sessão de hoje.

Em um podcast em que participou na última segunda-feira (24), Bolsonaro antecipou que a delação do militar seria questionada, além de afirmar que ela "não tem espontaneidade", e que Cid foi coagido a depor.

A Primeira Turma do STF — composta pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia — analisa nesta terça-feira (25) a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma suposta trama de golpe de Estado no contexto das eleições de 2022.

O julgamento desta terça analisa o chamado “núcleo um” da denúncia, composto pelos seguintes acusados:

O que os julgamentos decidirão?

Os julgamentos serão para decidir se o Supremo tornará os denunciados réus, com a abertura de uma ação penal para o início de um julgamento criminal.

Sendo assim, a sessão não tem como objetivo definir se o ex-presidente Jair Bolsonaro é culpado, mas se um processo criminal será aberto contra ele.

A análise começou às 9h30, terça-feira, e contou com uma segunda sessão no mesmo dia, a partir das 14h.

O advogado e professor de Direito Penal Armando de Mattos Júnior explica que, na realidade, não se trata de um “julgamento”, mas de uma audiência inicial. Nela, serão ouvidas as sustentações orais da acusação e da defesa.

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