O relator, ministro Alexandre de Moraes, pediu ao presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, que a sessão começasse e terminasse na própria sexta. Antes, o prazo de duração era de uma semana. Poucas horas depois da solicitação, a alteração foi formalizada.
Este é o segundo recurso apresentado por Zambelli. Se for rejeitado e os ministros entenderem que a condenação deve ser mantida, a deputada já deverá começar o cumprimento de pena, que inclui a perda de mandato automática.
Em maio, o STF condenou a deputada a dez anos de prisão por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos.
Na terça-feira (3), Zambelli anunciou que estava nos Estados Unidos e seguiria para a Itália, onde seria “intocável” por ter cidadania.
No início desta tarde, Alexandre de Moraes expediu um mandado de prisão preventiva contra a deputada e determinou o bloqueio de contas bancárias e de redes sociais de Zambelli.
Mais tarde, a Polícia Federal encaminhou um pedido de inclusão do nome de Zambelli na lista de difusão vermelha da Interpol. Segundo apurou a CNN, a organização já recebeu o pedido e vai avaliá-lo. Se aprovado, Zambelli se torna foragida em 196 países, incluindo Estados Unidos e Itália.
Nas redes, a deputada afirmou que as medidas são inconstitucionais. “Não se pode pedir prisão de um deputado a não ser por flagrante delito de crime inafiançável. Então, a decisão dele não se aplica. Não poderia ser feita de forma monocrática. Ele vai contra nosso código de processo penal e nossa Constituição Federal”, diz trecho da nota divulgada.
Se a Primeira Turma decidir por recusar os recursos de Zambelli na sexta-feira, ela perde o mandato de deputada e, portanto, os argumentos de inconstitucionalidade da prisão preventiva não seriam mais válidos.