Zambelli é a sétima brasileira na lista da Interpol

Relação conta com nomes de mulheres procuradas por crime de homicídio qualificado, tráfico internacional de drogas e furto; órgão internacional tem 65 homens brasileiros na lista de foragidos

Elijonas Maia, da CNN, Brasília
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP)
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP)  • Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi incluída, nesta quinta-feira (5), na lista de foragidos internacionais da Interpol. Com isso, ela é a sétima mulher a compor a lista de brasileiras que são procuradas pelo organismo internacional.

A Difusão Vermelha da Interpol, que alerta para foragidos internacionais, tem 72 brasileiros na lista. Entre eles, contando com Zambelli, sete são mulheres, procuradas pelos mais diversos crimes, de tráfico internacional de drogas a homicídio qualificado e tortura.

Em maio, Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Após a decisão da Primeira Turma, a deputada deixou o Brasil. Nas redes sociais, ela anunciou que iria para a Itália, onde tem cidadania, mas está nos Estados Unidos. O ministro Alexandre de Moraes determinou sua prisão preventiva.

Além de Zambelli, confira as outras seis brasileiras que estão na lista da Interpol atualmente:

Thaynara Caroline Pereira dos Santos

Segundo o site oficial da Interpol, a brasileira Thaynara Caroline Pereira dos Santos, nascida em 27 de julho de 1996, é uma das mulheres procuradas a pedido da Polícia da Argentina. Ela é foragida por associação criminosa e fraude com cartões de débito e crédito.

Heloisa Gonçalves Duque Soares Ribeiro

Uma das mulheres criminosas mais famosas da Interpol, Heloisa Gonçalves Duque Soares Ribeiro nasceu em 13 de março de 1950 e tem o apelido de Viúva Negra. O apelido veio após ela ser condenada pela morte de um de seus cinco companheiros. A Interpol procura a brasileira por assassinato e tortura.

Maria Jussara da Conceição Ferreira Santos

Maria Jussara nasceu no dia 7 de fevereiro de 1973 e foi incluída na lista vermelha da Interpol em 2018. É uma das mulheres mais procuradas do Brasil por ser integrante de uma organização criminosa. Ela é suspeita de envolvimento na morte de dois líderes do PCC.

Marcia Liziane da Costa Vieira

Outra mulher presente na lista vermelha da Interpol é a gaúcha de Santana do Livramento, Marcia Liziane da Costa Vieira. Ela nasceu no dia 20 de setembro de 1985 e é procurada internacionalmente por furtos.

Rosirene Vieira

Rosirene Vieira é do Paraná e procurada por tráfico internacional de drogas. Nascida em 28 de fevereiro de 1976, a mulher tem 1,60m de altura e olhos castanhos.

Silvana Seidler

A gaúcha nascida em 13 de outubro de 1966 Silvana Seidler está sendo procurada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, Silvana tirou a vida da própria filha de 7 anos em crime de grande comoção ocorrido no Sul do estado. Ela está foragida desde a data do crime em 2015. O corpo da menina foi encontrado em uma caixa de papelão com sinais de esganadura. A foragida tem olhos castanhos e 1,65m de altura.

Extradição

Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (5), o diretor de cooperação internacional da Polícia Federal, Felipe Seixas, explicou que o processo de extradição independe de o nome da pessoa foragida estar na Difusão Vermelha.

“A Interpol é o principal mecanismo para captura de foragidos internacionais. Mas a extradição independe da lista da interpol”, detalhou.

O delegado também destacou que após entrar na lista de foragida internacional, a pessoa, como exemplo, Zambelli, não necessariamente pode ser presa de forma imediata.

“Cada país tem sua regra. No Brasil, por exemplo, a PF realiza a prisão com base em determinação judicial”, acrescentou.

Para localizar um foragido internacional, a Interpol realiza buscas automatizadas com as polícias dos países. O Brasil também colabora com as buscas, segundo o delegado.