A cardiopatia, que afeta uma em cada dez mil bebês, é uma doença na válvula tricúspede, uma das quatro válvulas do coração, que fica ao lado direito do órgão.
"A válvula se forma um pouquinho mais para baixo [do normal] e isso causa insuficiência. A doença tem vários graus e eles dependem do tamanho da diferença da altura da válvula. Quando é muito grave tem que operar logo no começo da vida da criança porque, como é uma válvula no lado direito, ela causa uma insuficiência cardíaca muito grande", explicou Rafael Otto Schneidewind, cirurgião cardíaco do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Segundo o médico, nos casos menos graves da doença, o paciente tem uma vida normal até a idade adulta, mas que o mais comum da anomalia de Ebstein é aparecer na forma grave e o coração ter de ser operado na primeira fase da vida.
"Pode ser feita uma troca de válvula ou fazer válvuloplastia, que é a reconstrução da válvula. Essa técnuca é bem disseminada. O cirurgião levanta a parte da válvula que está rebaixada. É uma técnica eficiente. Não existe remédio, nada que trate a válvula sem ser uma cirurgia. Quando operado se reverte o caso de insuficiência cardíaca direita", afirmou o cirurgião.
Em seu perfil no Instagram, a mãe da pequena Maria Guilhermina já relatou que a criança já fez um cateterismo, colocou um stent e, mais recentemente, ou por uma traqueostomia. Ela está com a menina em um hospital em São Paulo desde o seu nascimento, em junho.