O alerta surge após a hospitalização de uma mulher em estado grave no Rio de Janeiro, vítima de uma suposta fraude envolvendo o medicamento.
Em entrevista à CNN Brasil, a endocrinologista Maria Fernanda Barca esclareceu os riscos associados ao uso de medicamentos falsificados.
O Ozempic, cujo princípio ativo é a semaglutida, é um medicamento desenvolvido para o tratamento de diabetes tipo 2.
No entanto, ganhou popularidade devido a seus efeitos na perda de peso, levando ao uso off-label generalizado para emagrecimento.
"O Ozempic foi lançado porque eles viram que quando um paciente com diabetes diminuía os níveis glicêmicos, melhorava a média glicêmica, e ele também emagrecia", explicou Barca.
O medicamento pode levar a uma perda de peso de até 18% em pessoas responsivas, no entanto, o acompanhamento médico é essencial para o sucesso do tratamento.
A falsificação do Ozempic pode conter substâncias perigosas como ácido bórico, álcool, chumbo ou até mesmo bactérias contaminantes, explica a médica.
"Podem ter substâncias que são poluentes, que fazem mal à saúde, que podem levar a insuficiência cardíaca e insuficiência hepática", afirma.
Além disso, a maioria das compras suspeitas ocorre pela internet, com 97% das aquisições sendo feitas online. A médica enfatiza que mais de 62% do que é posto no mercado pode não ser o medicamento original.
Embora as autoridades atuem em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e setores policiais para combater as gangues responsáveis por essas falsificações, a médica ressalta que o processo não é simples. Portanto, o consumidor corre o risco de encontrar falsificações.
Desta forma, é fundamental que os pacientes adquiram o medicamento apenas com prescrição médica e em estabelecimentos confiáveis, evitando compras pela internet ou de fontes não autorizadas, recomenda a endocrinologista.
A vigilância e a conscientização são essenciais para prevenir os riscos associados ao uso de medicamentos falsificados.
A médica alertou sobre as características do produto original. Veja: