De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus SARS-CoV-2, responsável pela Covid-19, continua em circulação em todos os países do mundo e tem aumentado consideravelmente sua transmissão global. Isso aumenta as chances de infecção e de reinfecção por quem já teve a doença anteriormente.
Apesar de o fim da pandemia por Covid-19 ter sido decretado em maio de 2023, pela OMS, é fundamental manter-se em isolamento social ao contrair o vírus. "O isolamento segue sendo importante porque, sem ele, a disseminação da doença pode ocorrer, assim como o surgimento de novas variantes", afirma Moacyr Silva, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, à CNN.
Além disso, de acordo com Eduardo Medeiros, professor associado de Infectologia na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp) e diretor científico da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), com a queda da imunidade e as novas infecções de Covid-19, o organismo a a ter um risco adicional de sofrer complicações. "Isso se justifica porque a Covid-19 é diferente de um quadro respiratório agudo como outras gripes e resfriados", alerta.
Atualmente, com as vacinas atualizadas disponíveis para combater a Covid-19, o tempo de isolamento ao ser testado positivo para Covid-19 diminuiu: segundo o Ministério da Saúde, o tempo mínimo de isolamento é de cinco dias. No 5º dia de isolamento, é necessário realizar um novo teste.
Caso o resultado seja negativo, o paciente é liberado do isolamento e pode voltar às suas atividades habituais. Se o resultado for positivo, ele deve manter o isolamento por mais dois dias, completando sete dias. Após o 7º dia, se o paciente não tiver sintomas ou febre, ele pode deixar o isolamento sem a necessidade de um novo teste.
O período de isolamento é contado a partir do primeiro dia de sintomas. O Ministério da Saúde considera "dia 1" após 24 horas de sintomas. O tempo máximo de isolamento pode chegar a 10 dias, caso o paciente continue com sintomas respiratórios ou febre no 7º dia após o início dos sintomas.
Segundo Silva, as novas variantes da Covid-19 têm levado a um quadro de infecção caracterizado pelos seguintes sintomas:
Na visão de Silva, dois fatores podem estar associados ao aumento de casos de Covid-19 nas últimas semanas: a falta de adesão ao isolamento social, quando há sintomas respiratórios, e a diminuição das taxas de vacinação. "Isso acontece ou pelo desinteresse da população pela vacina, ou pelo fornecimento irregular de vacina nos postos", afirma o infectologista.
Porém, para o especialista, a Covid-19 já pode ser considerada uma doença com surtos sazonais, assim como ocorre com a gripe e com o resfriado. "Por isso, o isolamento e o uso de máscara quando há sintomas, o uso de álcool em gel de forma disseminada nos ambientes e a tosse com etiqueta [cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar] são medidas universais e fundamentais", afirma Silva.
A vacinação contra a Covid-19, atualmente, segue o seguinte esquema, de acordo com o Ministério da Saúde:
De acordo com a Estratégia de Vacinação contra a Covid-19 2024, os esquemas primários de vacinação não são mais recomendados rotineiramente para pessoas com 5 anos de idade ou mais que não fizerem parte dos grupos prioritários.
As doses anuais do imunizante são recomendadas a grupos prioritários a partir dos 5 anos (uma dose anual da vacina XBB, com intervalo mínimo de 3 meses do recebimento da última dose de qualquer vacina da Covid-19), e para pessoas imunocomprometidas a partir de 5 anos de idade, gestantes/puérperas e pessoas com 60 anos ou mais (duas doses anuais da vacina XBB, com intervalo de 6 meses entre cada dose).
Segundo Ministério da Saúde, os grupos prioritários são: