Segundo a agência espacial, o Sistema de Controle Ambiental e e à Vida (ECLSS), como é chamada a ferramenta, é capaz de transformar não apenas urina, mas também suor, comida e, inclusive, a umidade gerada por diversos equipamentos a bordo do veículo espacial. Antes, o índice de recuperação era de no máximo 94%.
Os líquidos captados am por uma série de filtros especiais e se transformam em salmoura, que a por um processo de evaporação para obtenção de água em estado líquido. Em seguida, um reator catalítico decompõe qualquer contaminante que por ventura ainda possa estar presente.
A partir daí, diversos sensores monitoram a qualidade da água, reprocessando, se preciso, alguma quantidade que ainda não esteja com um grau de pureza aceitável. Por fim, o equipamento acrescenta iodo, para evitar a proliferação de micróbios, e armazena o volume tratado.
A agência espacial revelou que cada tripulante precisa de cerca de um galão de água por dia - algo como três litros e meio, seja para o consumo, preparação de alimentos e higiene, incluindo tarefas como escovar os dentes.
A maneira encontrada para sanar as necessidades dos astronautas pode parecer inusitada, mas a Nasa garante que a água consumida a bordo é mais limpa do que a consumida na Terra.
“A tripulação não está bebendo urina, eles estão bebendo água que foi recuperada, filtrada e limpa de forma que seja mais limpa do que a que bebemos aqui na Terra. A incapacidade de reabastecimento durante a exploração significa que precisamos recuperar todos os recursos de que a tripulação precisa nessas missões. Quanto menos água e oxigênio tivermos para embarcar, mais ciência poderá ser adicionada ao veículo de lançamento. Sistemas regenerativos confiáveis significam que a tripulação não precisa se preocupar com isso e pode se concentrar na verdadeira intenção de sua missão”, explica Jill Williamson, gerente de subsistemas de água da ECLSS.
A empresa afirma que sistemas regenerativos como o ECLSS se tornarão cada vez mais fundamentais, à medida em que os seres humanos tendem a ir cada vez mais além da órbita baixa da Terra.